Synopsis
O sangue, as pétalas, o gozo, a maternidade. Ser mulher em uma sociedade que quer nos diminuir, que tenta nos silenciar e fechar as portas, deixando-nos confinadas a espaços determinados, é saber que o nosso verbo principal sempre será lutar. Tal verbo se faz carne no livro de Kellen Dias e Leila Mendes. Por isso, Subterrâneos do útero transborda as abundantes águas de que somos feitas. O livro carrega a poética das muitas vozes, contemporâneas e ancestrais, que fazem eco e sussurram nossa proteção. A palavra transformada em poesia é oração, é orgasmo, é flor, é fortaleza. O sagrado e o profano, neste livro, não são antíteses ou contrários, são as duas faces da mesma moeda. [...] A alternância de poemas assinados ora por uma ora por outra poeta faz nascer um encontro bonito, repleto de sororidade e aconchego. A liberdade de ser, a liberdade de fazer, a liberdade de criar. À liberdade! Este é o grito que ouvimos emanar dessas páginas.